Vera Uberti nasceu no Brasil em 1964, atualmente vive e trabalha entre a Itália e o Brasil. A sua experiência levou-a a colaborar com museus e instituições culturais, obtendo prestigiados prêmios pelas suas obras e projetos. Hoje é uma artista de renome internacional que ao longo dos últimos vinte anos tem focado a sua pesquisa artística no desenvolvimento de projetos imersivos, com o objetivo de tornar o espectador participante e protagonista da própria obra.

As exposições desenhadas por Vera Uberti nascem, na verdade, da vontade de tocar o estado de espírito do espectador provocando fortes emoções. Vera concebe a linguagem artística em total liberdade e flexibilidade, brincando com luzes, palavras e objetos, que se tornam ferramentas capazes de transformar a paisagem e o público, convidando-o a inebriar-se num mundo de sonhos e imaginação.

Vera iniciou sua carreira artística em 2001, matriculando-se no curso de Artes Visuais da Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP em São Paulo, Brasil. Refletir foi seu primeiro trabalho premiado no Prêmio Anual de Arte da FAAP em 2003. Também ganhou o Prêmio Chamex Arte Jovem do Instituto Tomie Ohtake em 2004. Sua trajetória artística continua com os projetos Reciclar e No metrô que visam chamar a atenção do usuário e convidar ele para uma investigação e reflexão interna.

Em 2006 mudou-se para Itália onde frequentou o curso de mestrado de dois anos em Paisagens Extraordinárias, Arte e Arquitetura organizado e dirigido pelo Politécnico de Milão. Em 2007 estagiou na Fundação Michelangelo Pistoletto, um dos principais expoentes do movimento Arte Povera e criador do projeto Cittadellarte – Universidade de Ideias – Arte e Transformação Socioambiental da cidade de Biella. Neste período, em colaboração com o industrial da moda Ermenegildo Zegna, criou o projeto Perunfilo – jogo do avô Gildo, obra que recebeu prêmio internacional na Austrália.

De 2009 a 2012 colaborou com a administração pública da cidade de Brescia, Itália, realizando diversas obras nos espaços públicos da cidade, incluindo I Love my City, I Sette Peccati, Genesis e Wonderland com a participação de jovens artistas de Brescia. Em 2013 colaborou com o MUBA – museu da criança de Milão, trazendo a exposição Proibido Não Tocar – Bruno Munari para o Sesc Pinheiros em São Paulo. Dessa experiência nasceu uma proveitosa parceria com o Sesc que lhe permitiu trazer para o Sesc Belenzinho a coleção Arte Povera do MART de Rovereto com curadoria de Gabriela Belli, em 2010. Em 2012, novamente no Sesc, idealizou e criou a exposição Pinóquio, uma bela arte!

De 2014 a 2018 colaborou como diretora artística do Areadocks, uma renomada loja conceito na região de Brescia, Itália. Neste período desenvolveu o laboratório Artisti in Cantiere, com jovens artistas de Brescia, apresentando diversas instalações artísticas como Copacabana, L.O.V.E, Scatole Nere e La Rosa Verde, entre outras.

Seus projetos mais recentes são In Wonder(is)land, Stravaganze Imperiali, Porta Secreta e Reflexos (in)versos; exposições de arte imersivas realizadas tanto na Italia quanto no Brasil, onde utiliza obras de grandes dimensões para criar um diálogo entre o público e a paisagem circunstante oferecendo uma fruição ultra sensorial .

Desde 2022 é docente do curso de Projetos Multimídias na Academia de Belas Artes Santa Giulia de Brescia e junto com seus alunos trabalha em novas propostas de projetos como Borea Lights de 2023.